A 20 dias do segundo turno para presidente, o g1 deu um giro pelo Rio de Janeiro para registrar como o carioca vai votar, a julgar pelo que pendura na janela ou na varanda.
Toalhas e faixas vermelhas, em apoio ao ex-presidente Lula, contrastam com bandeiras do Brasil, exibidas na maior parte das vezes por eleitores do presidente Jair Bolsonaro.
Camisas, adesivos e até máscaras dos candidatos também indicam para quem passa pela rua qual a preferência para o dia 30 de outubro. No domingo (2), a disputa acirrada do primeiro turno terminou com 48,43% para Lula e 43,20% para Bolsonaro. No Rio de Janeiro, percentual foi invertido: o candidato à reeleição pelo PL teve 47% dos votos válidos, enquanto o petista teve 43,47%.
Segundo o porteiro Edilson Alves Leite, de 38 anos, que trabalha em um prédio na Avenida Atlântica, em frente à Praia de Copacabana, as toalhas e bandeiras em apoio aos presidenciáveis foram colocadas há cerca de 20 dias — e o edifício está dividido.
Na portaria, os vizinhos também usam um banco como palco para os debates políticos. Acima dele, uma placa ainda relembra que ali morou o ex-governador Leonel Brizola (1922 - 2004), que chegou a concorrer à Presidência nos anos 90.
“Acaba virando um ponto de conversa. Sempre quem passa e vê a placa conversa a respeito de política”, diz.
Venda de toalhas e bandeiras
Foram justamente os diferentes posicionamentos que uma vendedora usou para atrair compradores, na Avenida Nossa Senhora de Copacabana. Há duas semanas, a comerciante passou a vender toalhas e bandeiras em apoio a Bolsonaro, porque sentiu uma procura maior. Depois, também começou a receber demanda para Lula e decidiu incorporar símbolos do PT aos produtos, entre blusas, camisas, bonés e toalhas.
“É um pouco rico, é um pouco pobre. É um Brasil inteiro”, define a vendedora sobre os compradores.
Enquanto ela percebe uma venda maior de itens bolsonaristas, o vendedor Jeferson Gaspar Ferreira, 31 anos, nota o oposto: vende mais produtos lulistas, no Largo do Machado, também na Zona Sul do Rio.
Na zona eleitoral da região, Lula teve 59,72% dos votos, enquanto Bolsonaro teve 29,51%.
O comerciante vendia máscaras na pandemia e descobriu na venda de toalhas dos candidatos um novo produto. Denominado a “Barraca da Democracia”, o negócio deu tão certo que hoje recebe pedidos de mais de R$ 200 por cliente.
“Domingo (2) foi bom para caramba, zerou tudo”, conta.
Por g1
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