Ao registrar boletim de ocorrência, a mulher descobriu que o homem usa nome falso e já tem outro mandado de prisão.
Uma menina de 13 anos, moradora do Norte Pioneiro do Paraná, está desaparecida há dois meses e a mãe acusa o padrasto de ter levado a criança. Ela registrou boletim de ocorrência na polícia.
Desesperada com a falta de notícias da filha, a cuidadora de idosos Santina Freitas da Silva, que mora em Sapopema, procurou a reportagem, na manhã desta sexta-feira (11), para divulgar o caso, na esperança de que a criança seja localizada.
A identidade do denunciado não será revelada na reportagem por questões judiciais. Cassiane Vitoria da Silva Vital foi vista pela última vez no dia 9 de setembro, quando saía do Colégio Wolf Klabin, em Telêmaco Borba, cidade onde morava com a mãe e o padrasto da criança na data do fato. Segundo a mãe, câmeras de segurança da instituição de ensino registraram quando ela saiu, às 17h17, acompanhada do denunciado. A denúncia contra o padrasto foi registrada como estupro de vulnerável, crimes contra a dignidade sexual e violência doméstica.
Falsa identidade
Ao registrar o boletim, Santina revela que teve o choque de descobrir que a identidade do agora ex-marido seria falsa. O homem era conhecido da família e dos moradores de Sapopema e Telêmaco Borba por um nome, mas a verdadeira identidade seria outra.
“A gente conheceu o infeliz aqui em Sapopema, sou daqui. Tinha uns oito meses que conhecia ele aqui e tinha três anos que ele morava aqui já. Ele usava um nome. Depois que registrei o boletim de ocorrência, descobri que o nome dele é outro. Ele vivia com a gente em Telêmaco, como meu marido, como padrasto dela”, relata a mãe da criança.
Com a situação, Santina voltou a morar em Sapopema. No dia 14 de setembro, a mãe registrou novo boletim de ocorrência na mesma delegacia, para complementar o primeiro, desta vez com a denúncia do desaparecimento. Na denúncia, a mãe diz que o acusado tem uma “arma de calibre 38 e pode ter levado Cassiane à força”.
A mãe está revoltada.
“Fico indignada com isso, porque já passaram dois meses. Já tinham que ter pego ele porque quando denunciei ele já tinha dois mandados de prisão contra ele. Uma dia 1º de setembro, parece que espancou uma mulher, e do abuso e desaparecimento da Cassiane.”
Denúncias anônimas
Informações que possam contribuir com as buscas por Cassiane podem ser repassadas para a delegacia de Telêmaco Borba, pelo telefone (42) 3910-1551.
Por Redação Folha de Telêmaco com Carol Nery e Antonio Nascimento | Banda B
Comments