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  • Foto do escritorPor Folha de Telêmaco

Em Imbaú, “Juninho do Miro” é denunciado por suposta “rachadinha” com ex-diretora da Câmara

Segundo relatou ao Ministério Público a ex-diretora geral da Câmara Municipal, Vilma Antosko, o candidato a prefeito “Juninho do Miro”, presidente do Legislativo local, teria exigido um empréstimo consignado no valor de R$ 6 mil em troca do cargo, que foi repassado para ele via Pix.

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O candidato a prefeito de Imbaú, Casemiro Pinto Martins Junior – “Juninho do Miro” (PSB), presidente da Câmara Municipal, foi denunciado ao Ministério Público no início do mês por suposta prática de “rachadinha” com a ex-diretora geral do Legislativo, Vilma Antosko.


A “rachadinha” ou desvio de salário de assessor é a prática de corrupção caracterizada pelo repasse de parte dos salários de assessores para o parlamentar a partir de um acordo pré-estabelecido ou como exigência para a função.


Segundo relatou Vilma ao MP de Telêmaco Borba, ao ser nomeada para o cargo de diretora, “Juninho do Miro” teria exigido que ela realizasse um empréstimo consignado (descontado em folha de pagamento), no valor de R$ 6 mil e repassasse para ele, o que foi feito via transferência bancária (Pix). “Fui diretora geral da Câmara por três anos. Ele [“Juninho do Miro”] me ofereceu esse cargo e pediu para que eu estivesse fazendo um empréstimo consignado para ele no meu nome. Passei para ele seis mil reais e fiz um pix para a conta dele”, afirmou Vilma, que deixou o cargo a cerca de dois meses, por divergências políticas com Juninho.


Vilma também protocolou na Câmara Municipal um requerimento para que fosse repassado a ela as verbas rescisórias a que tem direito, segundo ela, que foram usadas para o pagamento do saldo do empréstimo. Mesmo com essa antecipação, conforme relatou, o empréstimo em seu nome não teria sido quitado junto a instituição financeira.


O MP de Telêmaco Borba abriu uma Notícia de Fato contra “Juninho do Miro” para apurar eventual crimes previstos no artigo 316, caput, do Código Penal (concussão), que é um dos crimes praticados por funcionário público contra a administração, que consiste em exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.


“Considerando o relato apresentado, no bojo do atendimento n.° MPPR-0143.24.000745-8, por Vilma Antosko, dando conta que aquele exigiu que ela, além de outros servidores públicos com vínculos com o Poder Legislativo local, celebrassem, em nome próprio, contratos de mútuo em seu favor, visando o pagamento de despesas pessoais, desvinculadas do exercício de suas funções”, registrou o MP na abertura do procedimento investigatório.


Vilma disse ainda em entrevista ao BLOG DO JOHNNY que outros servidores da Câmara Municipal também realizaram a prática em troca de cargos.


A reportagem do BLOG DO JOHNNY procurou “Juninho do Miro” que disse ter conhecimento dos fatos, mas que irá aguardar a citação pelo Ministério Público.



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