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  • Foto do escritorPor Folha de Telêmaco

Infecção sexualmente transmissível pode afetar os olhos

Este tipo de conjuntivite não é igual aos outros. Conjuntivite gonocócica pode ser dividida em duas formas: uma que afeta recém-nascidos e outra que afeta os adultos.

Emerson Fernandes de Souza e Castro, oftalmologista do Hospital Sírio-Libanês, explica que a conjuntivite gonocócica não é igual aos outros tipos de conjuntivite. Além disso, o gonococo tem uma característica ruim para os olhos.

“Ele é um dos poucos microrganismos que conseguem invadir o epitélio íntegro. O epitélio é uma barreira da córnea e o gonococo tem a capacidade de ultrapassar essa barreira. Essa característica é perigosa, especialmente nas crianças”, diz Castro.

Segundo o oftalmologista, esse tipo de conjuntivite pode levar a cegueira se não tratada corretamente.

Como ocorre a transmissão?

A transmissão é diferente em crianças e adultos. Nos recém-nascidos, a transmissão ocorre na hora do parto vaginal. É a conjuntivite (oftalmia) neonatal. "A prevenção começa no pré-natal. Geralmente, mulheres com gonorreia são assintomáticas. Depois do nascimento por parto vaginal, o indicado é aplicar o colírio nos olhos do recém-nascido na primeira hora", explica Emerson Castro.

Já nos adultos, a transmissão ocorre através do contato com secreções genitais contaminadas. A melhor forma para prevenir é usando a camisinha.

Quais os sintomas?

O oftalmologista explica que a conjuntivite gonocócica tem algumas particularidades. "Não é apenas uma conjuntivite, é uma ceratoconjuntivite [inflamação que afeta a conjuntiva e a córnea]. A bactéria pode perfurar a córnea em 24 horas. É diferente, dolorida, agressiva e rápida". Além disso, outros sintomas são os olhos vermelhos, um inchaço fora do comum (quemose) e um edema na pálpebra.

Como tratar?

Assim como os sintomas e transmissão, o tratamento da conjuntivite gonocócica também é diferente. Não é possível cuidar apenas com colírio. "O tratamento é diferente da conjuntivite padrão. Usamos antibióticos local e sistêmico. Em muitas situações internamos o paciente", comenta Castro.

O especialista também alerta que, no caso da conjuntivite nos adultos, o parceiro ou a parceira também deve fazer o tratamento contra a gonorreia.


Por g1


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