Um júri popular realizado em Tibagi absolveu, nesta semana, o jovem L.A.R., de 20 anos, que havia sido acusado de tentativa de homicídio contra W.A.B., 25, em um caso ocorrido em 23 de setembro de 2023, no Bairro Vila São José.
O réu, que estava preso há 302 dias, foi condenado apenas por porte ilegal de arma de fogo e já se encontra em liberdade.
O caso teve grande repercussão na cidade. Segundo os autos do processo, L.A.R. disparou dois tiros com uma espingarda calibre 32 contra W.A.B., atingindo-o no braço e abdômen, além de um tiro no pescoço, que ficou alojado na coluna cervical. Embora a vítima tenha sofrido graves sequelas, não houve óbito.
W.A.B. alegou que os disparos ocorreram após ele tentar impedir L.A.R. de agredir sua então esposa, mencionando que o réu costumava praticar violência doméstica contra a mulher e as enteadas. No entanto, a defesa de L.A.R. sustentou que ele agiu em legítima defesa, argumentando que a vítima estava armada com uma faca de cozinha, fato corroborado por um dos policiais que atenderam a ocorrência.
Durante o julgamento, a defesa, representada pelos advogados Guilherme dos Santos Machado e Caroline Carvalho Calsavara, conseguiu demonstrar que L.A.R. não havia agredido sua esposa ou as enteadas, e que a versão dos fatos apresentada por W.A.B. não condizia com a trajetória das balas conforme os documentos médicos. Além disso, a ex-esposa de L.A.R. negou as alegações de violência doméstica em seu depoimento.
Com base nas provas apresentadas, o júri absolveu L.A.R. da acusação de tentativa de homicídio duplamente qualificado. A condenação se restringiu ao porte ilegal de arma de fogo, já que munições foram encontradas na residência do réu no dia do incidente.
Após a absolvição, L.A.R. retornou à prisão em Telêmaco Borba, onde estava detido, para cumprir os procedimentos legais de sua soltura. Ele foi liberado na manhã de hoje. A defesa acredita que, se todos os votos dos jurados fossem abertos, o placar final seria de 7x0 pela absolvição, reafirmando a confiança na legítima defesa como justificativa para os disparos.
Fonte: Jornal Tibagi
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