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Foto do escritorPor Folha de Telêmaco

Lula evita chamar Hamas de grupo terrorista

Tradicionalmente, o governo brasileiro somente considera um grupo como terrorista se ele for classificado dessa forma pela Organização das Nações Unidas (ONU).

O conflito entre Israel e o grupo extremista armado Hamas vem tensionando o clima de polarização política no Brasil. Parlamentares da oposição têm criticado o governo brasileiro por não adotar uma postura mais dura em relação aos ataques. Soma-se a isso o fato de o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não citar nominalmente o Hamas em suas declarações e nem classificá-lo como terrorista.

O conflito entre Israel e o grupo extremista armado Hamas vem tensionando o clima de polarização política no Brasil. Parlamentares da oposição têm criticado o governo brasileiro por não adotar uma postura mais dura em relação aos ataques. Soma-se a isso o fato de o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não citar nominalmente o Hamas em suas declarações e nem classificá-lo como terrorista. Até agora, dois brasileiros que participavam do festival de música eletrônica Universo Paralello próximo à Faixa de Gaza foram encontrados mortos. Já Karla Stelzer, 41 anos, continua desaparecida. A festa foi interrompida durante o ataque que, até agora, deixou mais de 260 pessoas mortas, segundo as autoridades israelenses.

Tradicionalmente, o governo brasileiro só considera um grupo como terrorista se ele for considerado dessa forma pela Organização das Nações Unidas (ONU). Essa classificação já foi dada a grupos islâmicos como Boko Haram, Al-Qaeda e Estado Islâmico. No entanto, a ONU não tem esse mesmo entendimento em relação ao Hamas e ao grupo paramilitar Hezbollah, que atua no Líbano.

E o Brasil não está sozinho no cenário global em relação a isso. É o mesmo posicionamento oficial de países como África do Sul, China, Irã, Noruega, Rússia, Turquia, entre outras nações. No entanto, outras nações têm discordando desse posicionamento, caso de Estados Unidos, Reino Unido, alguns países europeus e aliados, como Japão, que chamam abertamente o Hamas de grupo terrorista. No início da ofensiva na Faixa de Gaza, no último sábado (7), Lula classificou a ação como “ataque terrorista”, mas não fez menção ao Hamas. Ainda assim, defendeu a existência de dois estados soberanos: Israel e Palestina. Atualmente, não existe oficialmente o estado palestino, mas a posição de neutralidade do governo brasileiro tem um histórico antigo.

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