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  • Foto do escritorPor Folha de Telêmaco

Ministro da Argentina diz que Lula apoia criação de um Banco Central regional

O ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, confirmou que o governo do qual faz parte e o presidente eleito do Brasil, Lula da Silva, estão avançando na criação de um Banco Central regional.


Em princípio, a ideia é criar um sistema de “neoconversibilidade” entre as duas nações para fortalecer o peso e assim ajudar a combater a inflação que o país enfrenta.

“Estamos trabalhando no projeto de um Banco Central supranacional, com regime regional de comércio, e acredito que a presidência de Lula vai acelerar. Como bloco, isso nos fortalecerá”.

Sobre o projeto de uma moeda unificada, Massa comentou que há algumas conversas em andamento.

“A respeito às moedas individuais é uma questão que os países lhe pedem, mas ter um instrumento comum, um fiador, é uma ideia que aparece. Para nossas economias, é a possibilidade de, em um programa de cinco anos, ter instrumentos para competir no mundo de blocos que temos que viver hoje e nos fortalecer diante do comércio mundial.”

A ideia de ter uma moeda comum para o Mercosul existe há muito tempo. Mas as diferenças econômicas entre os países membros, os problemas inflacionários na Argentina e a impossibilidade de coordenar uma política fiscal para evitar os respectivos déficits públicos dificultaram a implementação desse projeto.


Acordo de integração entre Brasil e Argentina


O embaixador argentino no Brasil, Daniel Scioli, revelou que está trabalhando em um acordo de integração estratégica entre as duas nações.

“Espero que possamos implementar este grande acordo de integração estratégica e começar a tomar decisões sobre as equipes que terão a responsabilidade de realizar a tarefa.”

Alberto Fernández, presidente da Argentina, chegou ao brasil nesta segunda-feira (31). Ele se encontrou e foi o primeiro chefe de estado a visitar Lula após o candidato ter vencido as eleições presidenciais no último domingo (30).


Nos últimos anos, o Mercosul entrou em uma letargia em meio a tensões entre os países membros. Paraguai e Uruguai vêm levantando a bandeira da redução da tarifa externa comum e selando mais acordos comerciais com outros países e outros blocos que impulsionam as exportações regionais.


Durante o governo Bolsonaro, o Brasil também trilhou esse caminho. A Argentina sempre foi mais cautelosa com as aberturas, embora durante a presidência de Mauricio Macri tenha sido assinado um acordo comercial com a União Europeia que depois ficou inacabado. Hoje, o Brasil é o maior mercado de produtos argentinos: nos primeiros oito meses de 2022, foram exportados mais de US$ 8 bilhões.


Massa e sua receita contra a inflação


O Ministério da Economia da Argentina está trabalhando em um programa de médio prazo para conter os preços e estabilizar a dinâmica inflacionária de bens de primeira necessidade. Isso foi antecipado por Sergio Massa, que ressaltou que se trata de uma primeira etapa de quatro meses.

Ele anunciou que pretende avançar em um programa para “tentar estabilizar os preços ao consumidor em geral, em um bloco de quatro meses” que decorreria de dezembro a março do próximo ano.

“Minha ideia é que o cidadão tenha baixado um aplicativo do My Argentina. Através do app, leia o código de barras e leia o preço que corresponde a cada produto. Se eu encontrar um supermercado que não cumpra, o usuário terá dois botões para denunciar.”

O Ministério da Economia já havia adiantado um acordo com sete empresas que fabricam produtos de consumo de massa para que coloquem os preços em suas embalagens. Esta é uma medida que faz parte do programa “Preços Justos”, que será lançado a partir de 15 de novembro.



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