O mundo chegou na terça-feira (15) à marca de 8 bilhões de habitantes. Segundo a Organização das Nações Unidas, o ritmo de crescimento da população está mais lento.
O bebê número 8 bilhões nasceu na República Dominicana. Damián foi o escolhido pela ONU para celebrar o momento histórico, um símbolo, porque o bebê 8 bilhões pode ter nascido nesta terça na Itália, na Ucrânia, Alemanha, Bolívia ou na Índia, que foi o país que mais contribuiu para o aumento da população: são 1,4 bilhão de indianos hoje. Ano que vem já serão mais do que os chineses.
E só oito países respondem por mais da metade do crescimento populacional. Além da Índia, República Democrática do Congo, Egito, Etiópia, Nigéria, Paquistão, Filipinas e Tanzânia.
Oito bilhões. Não tem como olhar para esse número e não pensar: será que esse planeta comporta tanta gente? Perdemos 420 milhões de hectares de florestas desde 1990, a emissão de gases que aquecem o planeta é cada vez maior e 30% de todos esses gases vêm da produção de alimentos, enquanto a fome e a pobreza se alastram.
Mas para as Nações Unidas é um dia para comemorar: os avanços da medicina que nos fazem viver mais e o fato de que agora somos 8 bilhões de cabeças para pensar o futuro. Porque o problema não é o crescimento da população, o problema está na má distribuição dos recursos. Os maiores emissores de gases que aquecem o planeta não são os países onde a população mais cresce, são os países em que as pessoas têm mais dinheiro. É lá também que é consumida a maior parte da energia do mundo.
O ritmo de crescimento populacional diminuiu, e a expectativa é que atinjamos os 9 bilhões de pessoas em 15 anos. Rachel Snow, do Fundo das Nações Unidas para as Populações, disse ao Jornal Nacional que é fácil prever onde e de que forma isso vai acontecer, e planejar: com agricultura em menor escala mais perto de casa, com os países ricos apoiando tecnicamente e com recursos os que estão no processo para desenvolver matrizes energéticas renováveis e também com saúde, educação, segurança.
Para que na hora que o cordão umbilical é cortado na República Dominicana, na Itália, na Ucrânia, Alemanha, Bolívia ou Índia todos possam ter um futuro próspero, com acesso aos recursos do planeta.
Por g1 - O Portal de Notícias da globo
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