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Nova decisão deixa aulas de Artes em 55% das escolas estaduais do Paraná

Em dezembro, secretaria retirou disciplina de grade curricular no último dia do ano letivo para incluir aulas de Pensamento Computacional. Decisão gerou protestos de professores.

Imagem ilustrativa de um Colégio Estadual: Na foto; Wolff Klabin em Telêmaco Borba

A Secretaria da Educação e do Esporte (Seed) voltou atrás na decisão de retirar a disciplina de Artes da grade curricular de turmas do 8º e do 9º ano da rede pública do Paraná. A medida foi tomada após reunião com representantes da APP-Sindicato nesta quarta-feira (11), em Curitiba.


Após o encontro, a secretaria informou, por meio de nota, que as aulas de Artes "estão mantidas em aproximadamente 1.000 das 1,8 mil escolas estaduais que oferecem ensino fundamental".

Segundo a Seed, as escolas que continuarão com a disciplina na grade curricular são as que já ofereciam a matéria ou que estão prontas para ofertar uma sexta aula no dia. Na nota, a secretaria garante que vai introduzir "aulas de Pensamento Computacional nos anos finais do ensino fundamental". A pasta argumenta ainda que "a mudança da matriz curricular não exclui o pensamento artístico, que pode ser trabalhado de maneira interdisciplinar".

Para as 800 escolas restantes, a Seed afirma que estuda viabilizar, ainda em 2023, "uma sexta aula de Artes para os estudantes dos oitavos e nonos anos do ensino fundamental". O que diz a APP A presidente da APP-Sindicato, Walkiria Olegário Mazeto, que esteve na reunião, comemorou a manutenção das aulas de Artes na maioria das escolas da rede estadual, mas defendeu a ampliação para todas as unidades.

"A secretaria se comprometeu a estudar a possibilidade de incluir Artes nas 800 escolas restantes. O resultado deve ser apresentado até o final desta semana. Porém, enfatizamos que a prioridade é que todas as instituições da rede estadual continuem com a disciplina", disse. Especialistas analisam mudança A alteração da grade curricular nas escolas estaduais recebeu críticas de associações e entidades ligadas ao tema. Professores protestaram em Curitiba e Londrina. A Associação Paranaense das Instituições de Ensino Superior defendeu a manutenção das aulas de Artes que, segundo a entidade, "desenvolve o pensamento complexo, a sensibilidade, a criatividade e a percepção de si e do outro". Governo retira aulas de artes do currículo de escolas públicas

Doutora em Educação pela Universidade de São Paulo (USP) e ex-secretária de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), Katia Smole, tem a mesma opinião. "Os estudos dizem sobre a importância do cérebro adolescente criar, desenvolver a sensibilidade para beleza, para estética. Tudo isso, sem dúvida, tem uma participação importante da arte".

Por g1 - O Portal de Notícias da globo

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