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  • Foto do escritorPor Folha de Telêmaco

É #FAKE que Lula não foi eleito pelo povo brasileiro e que apuração dos votos não é confiável

Sistemas de votação passam por uma série de testes públicos, incluindo de integridade e de autenticidade, para garantir que não há divergência entre votos dados e votos registrados pelas urnas. Diversos organismos internacionais e nacionais atestam a confiabilidade das eleições brasileiras, que são utilizadas desde 1996 sem nenhuma fraude comprovada.

É #FAKE que Lula não foi eleito pelo povo brasileiro e que apuração dos votos não é confiável — Foto: Reprodução

Circula nas redes sociais um vídeo em que um homem afirma que Luiz Inácio Lula da Silva não foi eleito presidente pelo povo brasileiro e que a urna eletrônica e a apuração de votos no Brasil não são confiáveis. As informações são #FAKE.

O vídeo foi compartilhado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta terça-feira (10). Algumas horas depois, o conteúdo foi deletado.

As imagens que circulam nas redes sociais são um trecho de uma entrevista concedida pelo procurador Felipe Gimenez, do Mato Grosso do Sul, a uma rádio em novembro de 2022. Nela, Gimenez diz que “Lula não foi eleito pelo povo brasileiro” e que, “se fosse uma escolha do povo, haveria (...) poder do povo sobre o processo de apuração dos votos”. As informações são mentirosas. Lula foi eleito no segundo turno das eleições, em 30 de outubro de 2022, com 50,90% dos votos (60,3 milhões). A apuração dos votos foi atualizada em tempo real em todo o país. Também é possível verificar as votações em boletins de urnas nas seções eleitorais e na internet. Além disso, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) afirma que diversos organismos internacionais e nacionais atestam a confiabilidade das eleições brasileiras. O tribunal também destaca a transparência, segurança e auditabilidade das urnas eletrônicas, que são utilizadas desde 1996 sem nenhuma fraude comprovada. Urnas e software passam por testes públicos Ao contrário do que o procurador diz no vídeo, o sistema eleitoral brasileiro é transparente e passa por testes públicos de funcionamento para garantir que não há divergência entre votos dados e votos registrados pelas urnas. O teste de integridade simula uma votação normal e é realizado nos tribunais regionais eleitorais no dia da eleição. O objetivo é verificar se o voto depositado é o mesmo que a urna eletrônica registra. No procedimento, cédulas preenchidas previamente de forma aleatória são digitadas em urnas sorteadas. O processo é filmado e transmitido ao vivo pela internet. Em seguida, é feita uma checagem para saber se o boletim emitido pelo equipamento com dados sobre os votos corresponde exatamente aos votos em papel.


O teste de autenticidade comprova que estão instalados nas urnas eletrônicas os sistemas oficiais da Justiça Eleitoral, íntegros e autênticos. É feito também no dia da eleição, é público e acontece, em tempo real, em determinadas seções eleitorais, antes do início da votação. O procedimento é acompanhado por partidos políticos, representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Ministério Público, que são convocados e devem chegar uma hora antes do início da votação para acompanhar o sorteio das urnas e todo o restante do processo.


Eleição de A a Z: teste de integridade é realizado durante a votação

Além desses testes que são realizados há 20 anos, foi feito também em 2022 o teste de biometria para verificar se a impressão digital corresponde com a do eleitor. E houve ainda uma análise pelo Tribunal de Contas da União (TCU) de 3 mil boletins de urna, que não encontrou nenhuma divergência. Etapas de fiscalização e auditoria das urnas Além dos testes já citados, há várias etapas de fiscalização e auditoria das urnas e do sistema eleitoral antes, durante e depois das eleições, informa o TSE. Veja quais são:

Antes da Eleição

  • 12 meses antes: Abertura do código fonte

  • 11 meses antes: Teste Públicos de Segurança (TPS)

  • 6 meses antes: Teste de Confirmação do TPS

  • 2 meses antes: Cerimônia de Assinatura Digital e Lacração dos Sistemas

  • 1 mês antes: Cerimônia de Geração de Mídias

  • 1 mês antes: Cerimônia de Preparação de Urnas

  • Véspera: Verificação dos sistemas eleitorais instalados no TSE e dos destinados à transmissão dos BUs

No dia da Eleição

  • Auditoria de funcionamento das urnas eletrônicas (teste de integridade)

  • Teste de autenticidade dos sistemas eleitorais

  • Zerésima

  • Registro Digital do Voto (RDV)

  • Boletim de Urna (BU)

  • Boletim na mão (aplicativo com todos os boletins de urna)

Depois da eleição

  • Até 3 dias: Publicação de arquivos na internet

  • Até 100 dias: Entrega dos dados, arquivos e relatórios

Fonte: g1


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