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É #FAKE vídeo em que policiais rodoviários federais marcham e entoam gritos com críticas ao STF

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e com a Universidade Corporativa da Polícia Rodoviária Federal (UniPRF), o vídeo foi manipulado, pois o áudio é fake.

Circula nas redes sociais um vídeo que mostra policiais rodoviários federais marchando em um campo aberto. No áudio, é possível ouvir gritos com críticas ao Supremo Tribunal Eleitoral (STF) e ao ministro Alexandre de Moraes. É #FAKE.

No vídeo, é possível ouvir os seguintes gritos: "O Supremo comunista quis me censurar. E mandou o [Alexandre] de Moraes na minha casa perturbar. Quer calar a nossa amada liberdade de expressão. E mandar o nosso povo todo lá pro paredão. Pela nossa liberdade o povo tá em reação. Contra o abuso do Supremo e em defesa da nação. Liberdade, vamo lá!".


De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e com a Universidade Corporativa da Polícia Rodoviária Federal (UniPRF), o vídeo foi manipulado, pois o áudio é fake.


"A PRF não utilizou nenhuma música que denegrisse a imagem de nenhuma outra instituição durante treinamentos ou em qualquer outro momento. Este vídeo é uma montagem", afirma a Coordenação-Geral de Comunicação Institucional da PRF.


"Não podemos dar certeza de quando essas imagens foram gravadas, mas se assemelham às imagens da última formatura, realizada na Universidade da PRF, em Florianópolis/SC. O evento foi aberto a visitantes e qualquer pessoa pode ter gravado e editado este vídeo."

"É um vídeo fabricado, gravado durante uma formatura de alunos realizada na UniPRF. Mas o áudio é totalmente inverídico, de péssimo gosto, colocado em cima da movimentação que os alunos fazem que exaltam civismo, o orgulho deles de se formar policial", diz o policial Ricardo de Paula.

Segundo de Paula, o vídeo mostra o momento em que os alunos entram. "Esse vídeo foi filmado da perspectiva de onde ficam os familiares, então a gente não consegue controlar a produção dessas filmagens. (...) As canções cantadas exaltam o Brasil e a turma de alunos", diz.


Para ele, também é possível perceber que o vídeo que está circulando é manipulado por causa do tipo de áudio usado -- em que é possível ouvir apenas as vozes de homens gritando e palmas muito baixas. "Nesse momento em que os alunos entram cantando, basicamente o que você ouve são as batidas dos pés e das palmas junto com a canção. Você ouve como se fosse um coro.


Claramente, evidentemente, pra gente que é policial, isso é bastante claro, é uma edição de áudio em cima de um vídeo autêntico."


O instrutor também destaca que o comportamento de entoar críticas de cunho político é proibido pela PRF. "É proibido dentro da UniPRF e mesmo fora, em qualquer movimentação que se use esse deslocamento de vários policiais juntos cantando uma canção, qualquer tipo de exaltação política ou algo que seja contrário aos valores da polícia."

Perito também aponta manipulação


Segundo o perito Nelson Massini, professor de medicina legal da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), uma rápida análise do vídeo que está circulando aponta que é uma montagem. "As palmas e as batidas de botas no chão não aparecem no áudio", afirma. "Os soldados batem palma com vontade, e isso não aparece isso no áudio."


Além disso, Massini também destaca a diferença entre áudios verdadeiros de vídeos que mostram policiais marchando e entoando canções (como este, que mostra um trecho da formatura da PRF deste ano) e o áudio da montagem fake.

"O que possivelmente faz ruídos no vídeo (palmas, batida das botas e outros ruídos do local) não aparecem no áudio [manipulado]. Além disso, não há sincronismo vocal entre os soldados e o áudio apresentado", diz Massini. "Isso engana bem porque prestamos atenção no que é falado e não vemos os detalhes."

Por g1 - O Portal de Notícias da globo


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